Ouratea acicularis R.G.Chacon & K.Yamam.

Informações da avaliação de risco de extinção

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Informações sobre a espécie

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Notas Taxonômicas

Espécie descrita em Novon 18(3): 398 (397-404; figs. 1-3). 2008. Ouratea acicularis se assemelha a O. oleifolia Engler. Ouratea acicularis é a única espécie do gênero que possui lâminas foliares aciculares, cerca de quatro vezes mais estreitas do que em O. oleifolia, com margens foliares fortemente revolutas que escondem a face abaxial da folha exceto a nervura mediana, bem como pela venação secundária inconspícua e botões florais mais estreitos. Anatomicamente, O. acicularis difere das outras espécies já descritas por apresentar células da epiderme adaxial com lúmen em forma de ampulheta, tricomas pluricelulares fundidos na base, uma capa excepcionalmente desenvolvida de fibras e esclereídeos sobre os feixes vasculares colaterais, e clorênquima predominantemente bi-estratificado. Os ramos de O. acicularis são dignos de nota pela presença de cavidades secretoras conspícuas no córtex e pelo predomínio das fibras e dos elementos de vaso e xilema secundário (Yamamoto et al., 2008).

Dados populacionais

Yamamoto et al. (2008) afirma que a espécie apresenta uma distribuição geográfica de 7.000 km² e que as populações das quais se conhece a existência consistem em não mais de 10 indivíduos maduros isolados. Entretanto, Yamamoto et al. (2008) menciona que todas as subpopulações encontradas fazem parte da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins.

Distribuição

Endêmica do estado do Tocantins (Chacon et al., 2013),ocorre no município de Mateiros (Cardoso, 2009). Existem registros de coleta para Ponte Alta do Tocantins (J.M. Silva 6881), em altitudes entre 407 m (J.E.Q. Faria et al. 2148) e 589 m (J.E.Q. Faria et al. 2178).

Ecologia

Arbusto cespitoso, com 1 m a 1,5 m de altura, ocorre em Campo Sujo (J.E.Q. Faria et al. 2178), Cerrado ralo (J.E.Q. Faria 2148) e Cerrado arenoso (Yamamoto et al., 2008).

Reprodução

Encontrada com flores em maio e junho e com frutos em junho e novembro (Cardoso, 2009). Registros de coleta indicam a presença de flores também no mês de novembro (J.E.Q. Faria et al. 2150). Possui flores com pétalas amarelas (Cardoso, 2009) e frutos negros (J.E.Q. Faria 2165).

Ameaças

5.2.2 Unintentional effects (species being assessed is not the target)
Incidência regional
Severidade high
Detalhes O município de Mateiros é referência na produção do artesanato do capim dourado, cujo núcleo está localizado na comunidade Mumbuca, composta por descendentes de quilombolas (IBGE, 2013).

7.1 Fire & fire suppression
Incidência local
Severidade high
Detalhes O fogo na região do Jalapão, no Tocantins é um grande problema, sendo utilizado tanto no manejo de pastos como no de capim-dourado, utilizado largamente na confecção de artesanato (Bretos, 2012).

2.3 Livestock farming & ranching
Incidência local
Severidade high
Detalhes Juntamente com o artesanato, a pecuária é uma das principais fontes de renda da população na região do Jalapão (Bretos, 2012).

1.3 Tourism & recreation areas
Incidência local
Severidade high
Detalhes A região de ocorrência da espécie é conhecida por sua beleza cênica e fauna diversa, atraindo uma grande quantidade de turistas. A região, porém, não conta com uma boa infraestrutura que acompanhe o turismo. Como resultado a região sofre principalmente com o despejo de resíduos sólidos em trilhas e no meio da vegetação (Nascimento et al., 2013).

Ações de conservação

1.1 Site/area protection
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre na Estação Ecológica da Serra Geral do Tocantins (D. Barbosa-Silva 38) e no Parque Estadual do Jalapão (T.B. Cavalcanti 2757).

5.1.2 National level
Situação: on going
Observações: Espécie categorizada na obra original como "Vulnerável" (VU) (Yamamoto et al., 2008).

Usos